O trabalho sempre esteve presente na história da humanidade, sendo seu
objetivo inicial, sobrevivência. Porém, com a Revolução industrial,
passou-se a o lucro e para obtê-lo era preciso mão-de-obra de baixo custo, fato
que teve como conseqüência à exploração dos trabalhadores.
Essas características pertencem ao modo de produção capitalista, que se
consolidou na Inglaterra, através da primeira Revolução Industrial, que ocorreu
no final do século XVIII e foi possível graças ao acúmulo de capital,
conquistado através do mercantilismo. A partir daí, surgem às fábricas, há o
uso de máquinas a vapor, ocorre uma maior divisão do trabalho e, conseqüentemente,
o aumento da produção. O capitalismo desde sua origem é um sistema de
exploração da mão-de-obra, pois já nessa época houve a concentração de riquezas
nas mãos dos grandes proprietários capitalistas.
Na segunda metade do século
XIX, houve a segunda Revolução Industrial, a qual foi a inserção de outros
países nesse processo, proporcionando assim, a expansão do capitalismo, sendo a
passagem do capitalismo competitivo para o monopolista, com formação de grandes
empresas e a fusão do capital bancário com o capital industrial. Houve o
progresso técnico-científico, possibilitando o desenvolvimento de novas
máquinas, utilização do aço, do petróleo e da eletricidade, evolução dos meios
de transporte e expansão dos meios de comunicação.
Na década de 1970, de acordo com MAGNOLI (1995) ocorreu a terceira Revolução
Industrial, a qual alterou o panorama produtivo mundial, devido ao surgimento
de tecnologias microeletrônica e da transmissão de informações sobre a
automatização e robotização dos processos produtivos. Além disso, surgiram
novos ramos industriais, como a indústria de computadores e softwares,
telecomunicações, química fina, robótica e biotecnologia, os quais
caracterizam-se por utilizarem mão-de-obra qualificada.
Deste modo, as indústrias se difundem por todo o mundo em busca de mercado
consumidor, matéria-prima mais barata e acentua-se a exploração do trabalhador,
visando a acumulação de capital. Segundo COHN & MARSIGLIA (1999, 59) o
controle do processo de trabalho é importante para esta acumulação devido ao
fato de os trabalhadores produzirem através de formas cada vez mais avançadas
de divisão do trabalho.
De acordo com MARX apud COHN & MARSIGLIA (1999, 60) com a dinamização do
processo de produção, passou-se a investir em uma organização de trabalho mais
lucrativa, visando uma maior produção em um menor tempo.